
Licor, origens e costumes
O licor é uma bebida leve e agradável a paladares dos mais simples aos mais sofisticados de todo o mundo. É fabricado desde a antiguidade por frades e monges, grandes conhecedores de ervas e destilaria, que trabalhavam em ambientes de magia, tentando descobrir um elixir que lhes desse a eternidade. No Brasil, a prática de fabricar licores existe desde o século XIX. E desde o início os sabores do cerrado, como do Jenipapo e o Pequi, estão entre os preferidos. Sua composição básica leva açúcar, álcool e frutas, plantas ou ervas, que dão o sabor a cada bebida. O licor já conquistou a preferência de importante fatia do mercado de bebidas internacional, incluindo 10% de apreciadores brasileiros. Os licores-creme, à base de leite, como o nosso já famoso Chocolate com Pequi (apelidado carinhosamente pelos consumidores de “Amarula do Cerrado”) e sua explosão de sabores, cresce de forma vertiginosa na preferência daqueles que experimentam e se espelha em seu “irmão gêmeo” africano, que também aproveita a fruta regional do mesmo nome, e é consumido em 150 países, com produção anual de 13 milhões de litros. Ainda chegaremos lá ;)…
Tradição
Na França, licores sempre foram tradicionalmente servidos como um digestivo naturalmente oferecido após as refeições. Nos Estados Unidos e na Inglaterra são usados como drinks, a qualquer hora. No Brasil, sua história se inicia como na tradição européia. No entanto, principalmente pela entrada do licor-creme, deixa de ser um simples acompanhante do café para ocupar lugar junto aos cardápios de drinques especiais, para consumo a qualquer hora do dia ou da noite e também para compor a mesa de grandes Chefs. Hoje, no Brasil e no mundo, junto com o café, transitam obrigatoriamente saídas dos melhores banquetes, além de serem também muito usados para regar bolos de creme, sorvetes, sobremesas e uma infinidade de receitas, das mais simples às mais sofisticadas.
Receita de família
A Noleto Licores está completando oficialmente 15 anos trazendo a você as tradicionais receitas artesanais repassadas de geração em geração, há quase dois séculos, embaladas com todo carinho para te acompanhar nos momentos mais marcantes ou presentear pessoas especiais. A produção dos licores foi inicialmente idealizada para comercialização restrita a espaços artesanais da cidade de origem do projeto, Goiânia, mas acabou ganhando o mundo, tendo se tornado um prestigiado souvenir, e tendo sido objeto de regalo para as mais importantes figuras públicas e chefes de Estado.
Seu segredo está na perfeita combinação entre o princípio aromático, o álcool e o açúcar, que resultará em um produto harmônico em cor, sabor e aroma. Um dos principais componentes é o álcool, cuja qualidade interfere diretamente na qualidade do produto final. O tipo mais comum utilizado para a produção de licores no Brasil é a cachaça, mas recomenda-se o álcool de cereais, por ser refinado e sem odor, realçando os aromas e os sabores das frutas. As receitas da Noleto Licores utilizam a vodka como base etílica.
A água, geralmente usada na preparação da calda de açúcar ou xarope, como é denominada em algumas receitas, deve ser a mais potável possível. O açúcar mais indicado para a fabricação dos licores é o refinado, ao contrário do cristal, que pode escurecer o produto. No entanto é o princípio aromático quem realmente define o sabor do licor. Ele está presente nas frutas, algumas vezes nas demais partes da planta ou em essências – naturais ou artificiais.
Sustentabilidade e Desenvolvimento Ambiental

Os licores artesanais ou caseiros são fáceis de serem preparados. Se constituem, ainda, numa alternativa para aproveitamento de produtos de cada região, além do que representam importante elemento da cultura regional de um povo. A cultura licoreira é no Brasil uma importante fonte provedora de renda para diversas comunidades ribeirinhas. Além de uma espécie de ícone da identidade cultural de diversos estados, principalmente os que compõem o bioma Cerrado, costuma ajudar a reforçar o tecido social de inúmeros projetos ambientais. Em decorrência da pandemia iniciada em 2020, que acabou forçando a uma parada na produção, a Noleto Licores acabou encontrando na internet seu principal espaço para as vendas. A empresa trabalha com sabores de frutos nativos do Cerrado, como Baru, Pequi, Jenipapo e Murici. E também com a Jabuticaba e o Figo, frutos encontrados facilmente nos quintais goianos. No entanto, o carro-chefe acabou se tornando o licor cremoso de Chocolate com Pequi (apelidado pelos próprios apreciadores como a “Amarula do Cerrado”). Licores cremosos são tendência mundial, mas é a singularidade dessa receita original, desenvolvida pela Noleto Licores que apresenta esse sabor único que conquista cada vez mais públicos jovens ao tradicional mercado de consumidores de licor. Devido à doçura e ao alto teor alcoólico (que varia entre 15% e 20%), licores tradicionalmente são servidos em pequenas taças, após as refeições, como digestivos. Mas a cada dia se tornam mais presentes em drinks e receitas, por exemplo.
As Irmãs Noleto
Laurenice Noleto (Nonô)
Sócia-fundadora

Jornalista com passagem por redações de importantes veículos, como Folha de São Paulo e Correio Braziliense. Correspondente por vários anos do jornal O Estado de São Paulo. Ex-diretora Geral da TV Brasil Central/TV Cultura e das rádios RBC (FM) e RBC (AM).
Letice Noleto
Sócia-fundadora
A culinarista responsável pela implantação das cozinhas de dois importantes restaurantes de comidas regionais em Goiânia (Aroeira e Tacho de Cobre).
